Na década de 1960, a literatura brasileira estava num impasse. Nenhum
dos novos escritores conseguira superar o impacto causado pela renovação
introduzido por Guimarães Rosa e Clarice Lispector, que continuavam a criar
obras primas de nossa literatura. Em contraponto ao trabalho dos grandes
mestres, bem como as obras de autores de grande consumo, como Jorge Amado e
Érico Veríssimo, surge uma nova geração, que cria a chamada “erupção
inconformista”, rompendo com o elemento discursivo, o lirismo e a lógica realista,
fazendo uma literatura mais ligada à cultura de massa. É a época em que
profissionais de outras categorias, como os publicitários, começaram a fazer
literatura, exemplos com Ricardo Ramos (Rua Desfeita, 1963) e Marcos Rey. Outro
autor que alcançou consagração foi Autran Dourado (ex-assessor de imprensa de
JK), que publicou Ópera dos Mortos em 1967 e iniciou suas experiências de
metaliteratura, fazendo crítica e criação ao mesmo tempo. A preocupação em
fazer uma literatura que retrate o seu tempo é uma das características da obra
de Antônio Callado, que no romance Quarup (1967) descreve o intelectual da
cidade experimentando a realidade da selva. Seus personagens vão viver no Xingu
e, no caminho, deparam-se com a repressão no nordeste nos primeiros anos da
Revolução de 1964. É comum também nos anos 60 um tipo de literatura que o
crítico Alfredo Bosi chamou de “brutalista”, ou seja, que se caracterizava pela
tônica na agressividade da vida nas grandes cidades. Assim, os contos de Dalton
Trevisan, passados em Curitiba, mostram as agruras da vida conjugal e as
humilhações do homem da rua. Sempre seguindo esta temática, Trevisan lançou
Cemitério de Elefantes (1964), O Vampiro de Curitiba (1965). Outros exemplos de
crítica social na literatura encontram-se livros de João Antônio (Malagueta,
Perus e Bacanaço, 1963) e de Marcos Rey (Memórias de um Gigolô, 1968), que
revelam a vida marginal no submundo de São Paulo, e também nos contos de Rubem
Fonseca, que retratam os marginais cariocas, executivos em férias e a
prostituição de luxo, em obras como A Coleira do Cão (1965) e Lúcia McCartney
(1969). Um nome emergente nos anos 60 foi J. J. Veiga (A Hora dos Ruminantes,
1966), mestre da alegoria e percursor do realismo fantástico, na linha de Cem
Anos de Solidão, de Gabriel Marcía Márquez.
Literatura Brasileira.
A jovem poeta Ana Cristina César, que por seu estilo intimista, se suicidou aos 30 anos, publicou três livros por conta própria, que depois foram reunidos em uma coletânea.
Início da década de 60, Clarice Lispector
pronunciou, na Universidade de Austin, uma conferência sobre a literatura de
vanguarda.
A autora não pôde deixar de se projetar a si mesma no interior das
interrogações avançadas. Tenha-se em mente, acima de tudo, o modo hesitante
de colocar questões sobre a contemporaneidade da literatura (de interrogar o
sistema literário entrevisto em suas transformações). A escritora que se vê a
si mesma chamada pelo nome literário "do momento em que eu mesma me
chamei senti-me, com algum encanto, inesperadamente alistada. Alistada sim,
mas bastante confusa".
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Carlos Drummond de Andrade, João Guimarães Rosa e Manuel Bandeira - década de 60, os "monstros" da literatura Brasileira.
João
Guimarães Rosa nasceu no dia 27 de junho de 1908, em Cordisburgo, Minas
Gerais. Em 1936, participa de concursos literários que lhe rende prêmio da
Academia Brasileira de Letras por “Magma”, uma coletânea de poemas. Após um
ano, seu livro “Contos”, o qual mais tarde se chamaria Sagarana, ganhou o
prêmio Humberto de Campos. O primeiro de tantos outros que recebeu por esta
obra que reúne contos sobre a vida rural em Minas. É através desse livro que
Guimarães Rosa começa a mostrar o regionalismo através da linguagem,
característica maior do autor.
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oi, prazer:) meu nome é Djaene e vou apresentar um trabalho sobre a literatura brasileira na década de 60. gostaria do apoio e torcida de todos
ResponderExcluirOI, Djaene, pode contar com meu apoio, voce apresentará um excelente trabalho.
ExcluirVc consegue, vai dar tudo certo , por que nos temos que levar tudo na esportiva
ExcluirTrabalho E.M. Álvaro Lins,Juiz de Fora, MG. Estamos buscando informações sobre os anos 60, tema de nosso trabalho na escola.Gostei muito deste artigo. Obrigada!
ResponderExcluirMeu mome é Cecilia Calixto.Obrigada! (E.M. Álvaro Lins)
ResponderExcluirQueria sabe porque a literatura mudou esse ano? Você
ResponderExcluirs podem me ajudar
Fazendo uma dissertação sobre a literatura nos anos 60 e esse artigo me ajudou muito! Muito obrigada, parabéns.
ResponderExcluirque bosta
ResponderExcluir
ResponderExcluirCOSTAMOS DA CLA